O que é Síndrome de Burnout e como ela atinge os profissionais de RH?

Síndrome de Burnout é resultado da instabilidade em diversas áreas da vida. Veja como ela afeta os profissionais de RH.
É oficial: a Síndrome de Burnout já é considerada uma síndrome crônica diante da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A notícia é positiva quando analisamos a necessidade de evidenciar uma situação que no passado foi tão negligenciada e atinge profissionais de diversas áreas, inclusive de Recursos Humanos. Enfrentar a síndrome é um desafio aos profissionais de RH, seja para lidar com os colaboradores da empresa quanto para sua própria saúde. Entenda como a Síndrome de Burnout prejudica a qualidade de vida.
O que é a Síndrome de Burnout?
Resultado de um estresse crônico relacionado ao trabalho, a Síndrome de Burnout é caracterizada como uma síndrome ocupacional que pode acarretar sintomas de esgotamento físico e mental, o que impacta na rotina do profissional, reduzindo sua capacidade de concentração e um negativismo frequente, além de outros sintomas.
Os principais sinais e sintomas da Síndrome de Burnout são:
- Cansaço excessivo, físico e mental.
- Dor de cabeça frequente.
- Alterações no apetite.
- Insônia.
- Dificuldades de concentração.
- Sentimentos de fracasso e insegurança.
- Negatividade constante.
- Sentimentos de derrota e desesperança.
- Sentimentos de incompetência.
- Alterações repentinas de humor.
- Isolamento.
- Fadiga.
- Pressão alta.
- Dores musculares.
- Problemas gastrointestinais.
- Alteração nos batimentos cardíacos.
Ao identificar alguns destes sinais ou sintomas, mesmo que sejam leves, buscar apoio profissional é o melhor caminho, visto que podem ser passageiros ou se agravar, causando complicações da doença.
O apoio de familiares e amigos próximos é essencial para contribuir na identificação dos sinais, mas o diagnóstico da Síndrome de Burnout deve ser feito por profissional especialista após análise clínica do paciente. Geralmente, um time formado por psiquiatra e psicólogo identifica o problema e orienta o melhor tratamento que pode incluir o uso de medicamentos, como antidepressivos e/ou ansiolíticos, além de psicoterapia.
Como prevenir a Síndrome de Burnout?
Encontrar um equilíbrio entre as atividades pessoais e profissionais e promover as mudanças no estilo de vida geram um impacto muito positivo, assim como adotar a prática de exercícios físicos regularmente em casa, rua, parque ou academia.
Optar por “fugir” da rotina de vez em quando, como realizar um passeio, ir ao cinema, conhecer um restaurante ou mesmo se arriscar na cozinha em alguma nova receita. Evitar ou eliminar de seu convívio aquelas pessoas que só reclamam do trabalho ou das situações rotineiras é uma boa prática.
Bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas podem piorar o quadro, assim como automedicação. A ajuda de um profissional da saúde trará resultados consistentes para prevenir a Síndrome de Burnout ou para se preservar de um agravamento da doença.
Entenda a relação entre Síndrome de Burnout e profissionais de RH
Responsáveis pelo capital humano nas organizações, os profissionais de RH também estão passíveis de sofrer com a Síndrome de Burnout. Por centralizar muita responsabilidade em uma empresa, a cobrança sobre o departamento é considerável. Toda a pressão é desgastante para muitos profissionais e sabemos que esta pode ser a porta de entrada da doença. Então, como lidar com a situação?
Empresas que atuam com foco na employee experience geram uma boa experiência ao colaborador, o que potencializa o engajamento. Através desta gestão, o alinhamento entre os valores e o diálogo é valorizado, desta maneira a rotina se torna mais leve. Ter muito claro o plano de carreira, benefícios e premiações também é essencial para melhorar a vivência dos profissionais de RH.
Durante a pandemia, muitos foram os casos de Síndrome de Burnout reportados. Agora as medidas estão mais flexíveis, mas o home office também pode ser decisivo para tornar a experiência positiva ou negativa ao colaborador. É papel dos gestores de RH realizar reuniões (virtuais ou presenciais) para trazer à tona assuntos sérios do departamento, assim como momentos de descontração.
Da mesma forma, a cultura do feedback precisa ser constante. Um ambiente comunicativo e colaborativo favorece a abertura para abordagem de temas que podem ser considerados tabus, como é o caso da Síndrome de Burnout. Somente ao sentir total segurança e respeito, um colaborador pode falar sobre o assunto. Caso a equipe não esteja preparada ainda para lidar com a situação, oferecer treinamentos e palestras faz toda a diferença, especialmente aqueles voltados à saúde mental.
Ao ter colaboradores com sintomas ou diagnóstico confirmado com a Síndrome de Burnout, a empresa deve disponibilizar todo o apoio na prática, além da empatia. Oferecer férias antecipadas ou uma licença para que o profissional descanse é uma alternativa emergencial. Reduzir ou flexibilizar a carga horária também é uma opção. Entre os benefícios, podemos listar a possibilidade de descontos ou até mesmo cobrir despesas relacionadas a consultas médicas ou medicamentos.
A empresa em que você atua possui uma comissão ou comitê para avaliar profissionais que estejam mais propensos ao esgotamento mental ou físico? Identificar os sinais de um ambiente interno “pesado”, assim como reduzir fatores de conflito entre profissionais, excesso de trabalho, entre outros, também é cuidar de sua saúde, afinal, você é parte deste todo. Compartilhe com a Colabbe e com colegas de profissão as ações de sucesso relacionadas ao bem estar no trabalho.
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